Arte em mim
Minha alma canta,
é poeta e seresteira em todos os seus vincos,
nos seus mais secretos esconderijos...
Pulsa como artéria elementar,
colorindo a pincéis o meu dia,
mesmo intensamente muda, expressa-se,
em tons, timbres, despidos...
Minha alma dança,
meus dedos anseiam as melodias que ouço,
e meus olhos mal conseguem distinguir,
quiçá posso guardar racionalmente,
tantas paletas de cores deste céu.
A arte me clama, inflama,
feito bêbado que em abstinência,
no seu mais breve delírio,
clama pelo único vício,
porque o peito ansia, inspira ser arte,
em suas mais diversas formas...
Solfeja a objetividade com um sorriso inflamado,
que só a minha alma poeta, seresteira e arteira
é capaz de transpirar...
Keith Danila A. Neves. 05/12/2017