NOVO TEMPO

Desejo, me vejo em plena quimera,
Voejo entre os matizes do dia,
Bendigo a misteriosa vida, a fé prospera...
Supero a angústia que me consumia.

Dizer que te esqueci; não posso,
O que vivemos, foi de poética importância,
Um tempo magnetizado tão nosso.

Não, não guardo nenhum ressentimento,
No meu novo tempo, me concentro.

Me alegro, me integro à eólica consonância.


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LEMBRANÇAS

Sei que superas, porque és guerreiro,
poeta também, que voa ligeiro,
olhando o futuro que, à frente, te espera. 

Não guarda rancor se, acaso, um espinho,
ferir o teu corpo em meio ao caminho,
é coisa de nada, gavinha de hera. 

Gostei de saber que de mim não esqueces. 

Sempre lembro de ti quando o dia anoitece.

(HLuna)