CHUVA

Quando uma chuva molhava
o batente da janela,
também em mim respingava,
pois estava junto a ela.
Por muitas vezes, fiquei
olhando a chuva e chorando,
e os pingos frios das águas,
ao pranto se misturando,
levavam um pouco das mágoas
que iam se acumulando.
Uma sensação de paz
eu sentia por instantes,
deixando ficar pra trás
meus problemas incessantes.
Esse tempo já vai longe,
se perdeu no meu passado.
Agora, os pingos da chuva
quando batem no telhado,
a mim parecem tambores
que repicam com vontade,
para entoar com louvores
meu canto de liberdade.
E celebramos a paz
que alcancei de verdade!
 
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rj,26/02/13
 
(não aceito duetos, por favor)