SEDE

SEDE

Toda porção divergente

De um gélido sonho

Nem sempre é abandono

Às vezes é a lua, ou uma estrela

Girando na complacência

Um vulto sóbrio de certeza

Ou uma insensata frieza

Na alma quando sangra a lembrança

Vem vestida de sabores e dores

Envelhecidos pela espera

O cálice da poesia

A espumar na boca

O gosto da ilusão

Que ainda boceja

A fértil e febril nobreza

De ser diferente

Com a força na íris da presa

Gritando o pão da paciência

O velho amor no palco atuando

A balsa da esperança

Lá vou eu num vôo livre

Sem bagagens e sem disfarces

No rio da saudade

Adejando teu riso omisso

Como uma folha ao leito

Do que fomos,

Passeio na plataforma dos sonhos

De que um dia fincarei raízes...

Aos pés de um verso largo

De felicidade!

Poesia Marisa Zenatte

Mrmaryllady
Enviado por Mrmaryllady em 21/11/2012
Código do texto: T3998176
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