Desagravo de mim

Desagravo de mim

Hoje mergulhei no mar dos meus sonhos inacabados

Subi as montanhas dos meus sucessos inacessíveis

Corri ao tempo passado que levou as mais puras esperanças

Lutei sem armas contra as barreiras de toda as intolerâncias.

Hoje me matei com saudades

Contorcendo sem do e sem dor,

De toda amargura, de todo abandono.

Derramei em gritos todas as agonias, tristezas e mágoas.

Teci novos horizontes com fios novos e fortes

Apertei os lábios num último desagravo ao que vivi

E no pequeno jardim da minha antiga prisão

Cantei a primeira canção, desacorrentado e livre!

Jaak Bosmans 11-1-09