O 1° Sarau ninguem esquece!

A palavra congelada ,
louca pra soltar-se...
A primeira palavra,
ponta de iceberg boiando 
entre a ponta da lingua e o céu da boca!
Na mente a caravana de palavras,
encaminhando-se em fileiras,
sob o sol tórido que eram os sentimentos todos...
Ah! Como batia o coração, doido!
A pulsação, nas veias,
o sangue correndo pelo corpo,
lava quente a escorrer sob o corpo morno!
Era hora!
Grávido, pus-me a parir meu rebento,
mãe/pai retirei meu poema de meu âmago,
mostrando a sua face a olhos tantos...
E fazendo-o ouvir-se por ouvidos atentos!
A voz...
Trovão em meio a tempestade,
foi descrevendo o poema/filho/rebento
-que belo momento o do nascimento...
Estavam ali o homem, o poeta, a poesia!
Estava sob o silêncio de um profundo respeito,
todos ávidos pela poesia...
Foram o sol que derreteu o iceberg em minha boca,
o sol sob o qual se derramava a minha poesia!
A luz bela do dia
em que a minha poesia feito rio com as suas águas bravias,
Fluia... Fluia!