Ano Novo, Pano Velho
As vestes! Nossa principal preocupação
Mais um ano velho e eu, menos valho
Às vezes, nossa surreal comunhão
É menos do evangelho e muito mais retalho
As vestes manchadas da gente
As roupas, manchete em vitrine
A cara lavada e que mente
Há rótulos que nos doutrine
Vestir-se de branco, com ação obscura
Requerer a paz num talvez
Sentir-se tão manco com a própria loucura
Rever o que faz e o que fez
Um circo em festa e que encanta a gente
Um tempo para refletir
Um ciclo começa nos dando um presente
Escolha o que vai vestir.