De Novo, O Ano
O tempo em fatias, como poetizou
Drummond
É a possibilidade de tomar fôlego
Novamente
São tantos os dias, um dia mau
O outro bom
É a trivialidade ou o extraordinário
À frente
Parar e se vitimizar é, talvez, o mais
Fácil a fazer
Mas pensar e se posicionar é o mais
Recomendável
Parar para respirar é, com efeito, se
Reestabelecer
Mesmo que no ano a findar nada veja
De formidável
Ano velho, velha história que passou
Ano novo, possibilidade enfim
Ano velho, valha-nos o que restou
Ano novo, é mais novidade e não o fim.