Igarapé Grande
Nasce de uma pequena corredeira em nova colônia
E vem descendo de lá,
Banha o interior que leva seu nome, Igarapé Grande
E Vai descendo com suas águas cristalinas e tranquilas
Embelezando com suas belas curvas por onde passa
E se deleita sobre o Rio Guamá.
Águas que trás consigo a vida
Banha quem nela entra
Não trás consigo nenhum preconceito
Limpa branco, negro, pobre, rico
Homem, mulher, criança, hetero ou homossexual
Trás paz e alegria ao trabalhador que volta de sua lida
E aqueles que sofrem ela acalenta.
Em cada curva e um surpresa
Lava os pés dos devotos de são Benedito
De nossa senhora, de Santo António Maria Zacarias
batiza católicos e protestantes em um mesmo sinal de Fé
É obra divina e dádiva da mãe natureza.
Ho Igarapé grande
Quantas saudades eu sinto de ti
Passa dias, meses, anos
Nunca e jamais te esquecerei
Levo em mim as águas que me banhei
E passa em minhas lembranças
Quanta coisa que em ti passei.
“As águas que nos banhamos nunca seram as mesmas
Nem quem nelas se banhou “ diz o oráculo
Então trago nas veias tanto sinal de amor.
Deus fez em ti a replica do paraíso
Se deleitou e escreveu a mão
Tudo que imaginou
Coloriu com o verde das árvores
Desenhou tudo em seu devido lugar
Os peixinhos ele deu o sopro da vida
E escreveu no seu caderno de desenhar
Este será lugar sagrado
E quantos nele passar
Serram todos abençoados que um dia queiram voltar
E quem de lá sai um dia há de voltar
E se debruçar em suas águas tranquilas
Que vai sem presa se juntar ao Rio Guamá.