Lágrimas

A chuva bate suave na janela do quarto...

Na vidraça, os pingos vão dando as mãos

Para depois escorrerem juntinhos,

Em lágrimas compridas sobre o vidro.

Uma a uma as gotas vão caindo lá fora,

Semeando promessas pela terra

Ou fugindo desiludidas

Pelo asfalto estéril.

Assim sou eu, às vezes...

Muitas lágrimas já rolaram em minha face:

Medo, saudade, remorso, solidão;

Por nada, às vezes, de alegria

E algumas, até por paixão...

Algumas, valeram a pena,

Outras nem mesmo rolaram,

Morreram na face,

Nasceram em vão.

maria do rosario bessas
Enviado por maria do rosario bessas em 04/12/2017
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