Retomadas
Andei sem tempo para imaginar
Sem letras para escrever
Sem pernas para meu andar
E olhos turvos de não mais ver
Sem sono para acordar
Cansado de se cansar
Mas nada foi em vão
A recompensa foi valiosa
Como a chuva que abre o “inverno”
No sertão torrado pela estiagem
O cansaço se dissipou como o calor
Junto a uma chuva num final de tarde
Volto a dominar minhas pernas
Meu tempo, minha imaginação
Meu sono e minha hora de acordar
Minhas letras, palavras e escritos
Solto-lhe as mãos, aos poucos
Para que goze do mais sublime sabor
A liberdade de tocar a própria vida
PG Alencar (03/11/2017)