A LUA COQUETE

Parecia que sua barriga
Tocaria o vale mágico,
Tão fofa se encontrava.

Vestia-se
De azul-claro intenso,
Reforçado por prata vivaz.

Era seu dia,
Sua noite e sua madrugada.
Já está a postos, logo se casaria,
A lua coquete.

Balançava-se apaixonadamente
Pela imensidão do firmamento.
Um eterno vai-e-vem
De felicidade arrebatadora.

Aguardava, por vezes, inquieta
O surgimento da aurora,
Para com ela agasalhar,
Seu amado madrugador.

Ele chegaria morno, de início,
Até abraçá-la com seus raios soberanos,
Próprios de um sol radiante.


*  Publicado na Antologia "Versos que não se calam" p. 35. Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE/RJ) - Edição Especial de fevereiro de 2017.