Hoje serenou...

Hoje em meu peito serenou o tilintar do tempo,

E, vendo o reflexo dos meus olhos em águas azuis-anis,

Pude ver o quanto percorri até aqui e sobrevivi!

Despojando pequenos fragmentos meus, que se tornaram ateus.

Repondo sonhos, que em minha fragilidade um dia disse adeus.

Desbravando novas sendas, caminhos virgens cheios de incertezas,

Mas que fizeram o meu coração pulsar e muitas coisas vivenciar,

Trocando vestimentas pesadas, em troca de uma “par de asas”.

E, num imenso mundo subjetivo voei, explorei-o e me apaixonei.

Ao se dar conta do seu infinito, do seu eterno vir a ser,

E, entre casulos que em noites frias o meu corpo adormecia,

Ao cair do sol e poder me aquecer, tal como borboleta avante voei.

O tilintar do tempo serenou, mas com ele veio novos desafios,

Desafios que me “apoderei”, desbravando dias novos sem olhar pra trás,

Com um coração apaziguado, abarrotado de paz, e sabe o que mais me apraz?

Saber que em todo o percurso o essencial é amor, amor que levaremos conosco para onde for.