Depressão poética - VI
Na Porta do Tempo
 
Já esperei sentado na soleira da porta, o tempo mediano da tua chegada
            Na busca dos minutos cantados e batidos pelo relógio da torre
                        As calças curtas e chinelos gastos procuram a tua voz
                                   Eco, desejo juvenil que ecoa no vale, chamas-me
 
O tempo lavou a memória que o tempo esqueceu
Mas espero na tua porta o que o tempo levou!
 
(…)
Nada encontro nos silêncios escondidos das horas
Nada procuro no barulho ensurdecedor dos dias
Apenas continuo à espera, sentado à porta do tempo!

 

 
Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 29/12/2016
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