ALHEADA

Distraída, distraída....

Lá vai ela pelas calçadas

fingida sem saber de nada,

nas passadas largas da vida

pelas idas, pelas vindas

expandindo toda rima

em sua lagrima caída.

No olhar para o futuro...

Chorar por marcas passada

a cada sonho uma partida,

dardo aos ventos inseguro

aos quatro cantos do mundo

pesadelos difusos sem fundo

nas cismas de outras vidas.

Distraída, distraída...

Flechas alteradas, erradas

papas do ontem... Congeladas

freezer do hoje, uma fada

estão liquidificando a digital

o futuro entrou pelos planos

e os anos todos aos cambal.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 26/11/2016
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