VENDEDOR

O vendedor que vendia tudo, tudo!

Não é que outro dia...

Esse vendedor imundo

estava tentando vender o mundo!

Vendeu ar puro, e rios límpidos

águas potáveis matas e nascentes

vendeu amor e a inocência

e a compreensão de toda essa gente.

Foi a rua... E vendeu a lua

vendeu os olhares das estrelas,

as redes dos sonhos as almas nuas.

Vendeu o balanço das caravelas

a derme de carvão, os filhos d'elas

vendeu as meninas para vida.

o futuro para o desengano

e as praias da felicidade querida.

Vendeu o sicranos e os fulanos

a moral e a ética dos anos

e a simplicidade do viver...

lançou as mãos as moedas

e depositou-as em outras avenidas.

Vendeu o adeus da alegria

E toda integridade do país

o sol puro de todos os dias

e a vida que sempre quis.

O vendedor de tudo

vendeu tudo!

Tudo dos meus sonhos

tudo do meu tudo

só não vendeu...

O meu mundo.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 21/10/2016
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