SUBMERSO

Minha luta todavia empoeirada

minhas mãos calejadas...

Meus olhos fundos sobre prato raso

vejo a fome a debater-se sob migalha

vejo os mandos se esbaldando em farras.

Enquanto a vida agoniza sob garras

... A misera deporta a dignidade

surrupia a coerência da paixão

abalando as estrutura das casas.

... Em margens sem frutos

sonhos sem descanso

se vê o tempo bradando

enquanto o alvo sem flecha

segue-te, roendo manso.

Somos corroído pelo esquema

seguimos fazendo tudo

sem termos direito a nada.

... Levam nossos louros

sobre impostos loucos

e esse bruto saldo de poucos.

Nesse absurdo de mudos

nunca se sobra nada.

... Vejo criadores de leis

calando passos das estradas,

vejo sonhos fundos infundidos

submergindo em promessas erradas.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 11/10/2016
Código do texto: T5788225
Classificação de conteúdo: seguro