Tempo

Dor mortuária e sigilosa,

estepe vaga e sem sentido.

Ondas nevoentas, árvore lânguida,

tempo fúnebre e amargo.

Doces aromas letargos,

passivas expressões..

Luar aflito, nívea luz lutuosa,

Pele morta e entristecida.

Mãos trêmulas deslizam, fugaz.

Fazendo murchar os lírios..

Minhas carnes se dilaceravam

com o próprio sangue fecundado

as terras.

Aves sonorizavam o caminho

no esplendor indefinido.

onde brotaram as lágrimas

dentro de naturezas luminosas..

olhos desabrocham como

flores ensanguentadas.

Triunfantes e imortais.

Sob a limpidez, ouve-se

o choro cantante.

NiiMei
Enviado por NiiMei em 20/06/2016
Reeditado em 16/12/2016
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