PERDOA
PERDOA
Perdoa, doce criatura, aqueles que te invejam
Perdoa os que atentam contra ti
Porventura, não sabes, doce mulher
Que tua fortaleza é refúgio para os insanos?
Que tua nobreza causa pavor
Nos fracos insolentes,
Nos descontentes
Por nada terem a oferecer?
Tua beleza é simplória e cheia de glória.
Mulher altiva é o que tu és
Fomentas os pensamentos dos intrusos
Alimentas o desejo dos incultos
Que de ti precisam para coexistirem.
Tu és lapidada pelo conhecer
Tu és sábia e jovial
Perdoa os pobres de espírito
Retira do teu coração
A dor que dilacera tua razão
Contudo, menina mulher,
Não mates teu brilho
Pois tu és pura.
Lembra-te dos dias de Sol
Levanta e ergue muralhas
Perdoa e esquece-te
Daqueles que por muito
São menores que tu.