Dor

Dor, peço-te carinhosamente para deixar-me em paz

Abandona este semblante sereno e saiba que não quero mais

A tua companhia em forma de agonia

Não quero tê-la como peça de museu no enredo da minha história

Inúmeras vezes estivestes presente nos acontecimentos da minha vida

Algumas vezes como um choro intenso e mortal

Outras vezes como uma nostalgia dilacerante

Outras vezes em forma de estátua do passado a me atormentar

Fostes tão violenta que me reduzistes às penumbras, ossos e cinzas

Tive de viver acossado por fantasias e mentiras

Mesmo assim desejei-te para escrever poesias

Em meio a tantos dramas, dores e desejos

Dor, já é hora de deixar-me em paz para sempre

Abdica deste juízo de justiça ou injustiça, para não se confundir com o destino

Sei que queres ocupar um lugar na minha vida

Mas não és uma visita agradável!

Professor Luiz Carlos
Enviado por Professor Luiz Carlos em 28/02/2016
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