Saudades daquele tempo...

Carro de boi

Lá vem a vacaria, coisa bonita de ver

Tomando o pasto,

e lá vem...

Cheiro de cana amassada

Cheiro puro de natureza nas mãos

Olhando a fumaça do fogão a lenha

Os quero quero cantando do lado de lá

Eita vida boa!

A mata verdinha,

a beleza ímpar dos pés de manacás

Encantadores manacás do mato!

A tobata seguindo

lá se vão aqueles homens simples

de mãos calejadas, pele ardida do sol

e fala mansa, doce, de gente de bem

E lá se vem a querida vizinha Elga

trazendo pão fresquinho, bolo macio

e aquele leitinho

Os bichos soltos pelo açude,

vivendo sua vidinha

Tanto plantou-se e se colheu

Trabalhamos na roça

Comemos goiabas doces do pé,

maracujá de colherinha, doce

Algumas frutas se colheu

Mãos que trabalham arduamente deveriam sempre

colher

Estrada de cheiro bom

curvas e curvas, mas se chega lá

Seu Sebaldo esperando o amigo

pra uma prosa e uma cachaçinha da boa

E lá vai horas contando seus causos

Encantador!

E o entardecer vem chegando

Os bichos se aquietando nos seus cantos

Estrelas enfeitando o céu do interior

Sensação gostosa

O cafézinho, a prosa

O cheiro do fogão a lenha da vizinha invadindo

O descanso depois de uma grande labuta

por aquelas terras

Saudades daquele tempo que se foi...

Escrevi ouvindo: Vitor e Léo / Sergio Reis - Vida Boa

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 30/01/2016
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