O rocio




Seriam finas lagrimas,estranho pranto?
Onde a natureza,emudece,mas chora...
Mal diz a flor que cai de desencanto,
O colibri batendo as asas foi-se embora.

E,no leve suspiro do vento,ouço a verdade :
“A querência,branca flor que ,morre no estio,”
“Mendiga,ressequida,pelo frescor do rocio”
Ah!Que da amiga ventura,restou mera saudade!

Perdendo formosura,exangue,quase sem vida,
O Amor perfeito agoniza ,na terra,moribundo...
Ah!Que a seu lado,ora a mais estranha margarida!
Encurvada,reza por todas as flores do mundo...

Do velho carvalho,as folhas em sinuosa dança,
Colibri jardineiro,a ela cantou alegre balbucio
Flutuam,umedecidas pelo prazenteiro rocio,
Do amor,à flor,renascera,enfim, a esperança!