Noites invernais de ESTRELA.


Lá pela meia noite,
O frio invernal castigava até abrigados.
Para estudantes noturnos
Que faziam o trajeto a pé
Por trilhas e campos
Para enfim chegar ao seu lar
Tinha que ser persistente. Valente.
Para não abandonar os estudos
E se conformar com o trabalho braçal
E a dura vida do campo.

Quanto maior o frio
Maiores eram os passos.
Pés e mãos gelados
E nariz avermelhado
Castigavam o corpo cansado.

Em noites invernais
Tão logo as luzes da cidade
Abandonassem os caminhantes
E o breu da noite nos campos chegasse
Um céu límpido de estrelas incontáveis
Cobria com diamantes as frias noites
Encantando os cansados estudantes,
Que em meio o caminhar,
Contavam estrelas cadentes
Para espantar o frio congelante.

Não bastava chegar em casa
E se abrigar debaixo do cobertor.
Ainda tinha-se que ter energia suficiente
Para aquecer os lençóis gelados
E somente adormecer
Quando o cobertor devolvesse o calor.
E as estrelas velassem o sono conciliador.

Imagens que guardo na memória,
Como troféu do meu esforço
E de um passado de duras noites invernais.
Que judiaram, mas renderam frutos promissores.

Escrito por Cristawein.

 
Cristawein
Enviado por Cristawein em 01/06/2014
Reeditado em 10/10/2014
Código do texto: T4828710
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