BORBOLETA FORA DO CASULO

Não quero as ilusões perdidas.

Quero a flor mais livre do campo,

aquela que só se encontra

no jardim da infância.

Não quero as ilusões perdidas.

Sou livre para pensar,

para escrever, para morrer...

Escrever e morrer

com a mesma caneta

no mesmo pedaço de papel...

Hei de morrer e renascer

até encontrar aquela pétala de rosa,

aquele cheiro de relva,

aquele rio bucólico

entre pedras adormecidas.

Quebrar-se-ão as pedras

e o poeta será mais uma borboleta

definitivamente fora do casulo.

gilbapoeta
Enviado por gilbapoeta em 06/02/2014
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