OS LATIDOS DA MADRUGADA

É madrugada!

como os cachorros latem!

Aqui por perto

E também lá longe.

Por todo lado, no meio da noite

ouço seus ladros!

Tudo quieto, e eu escrevo

E só eles latem, latem...

Será que choram?

Será que amam?

Será alegria de ser um cão?

Mas me atrapalham!"

Nossa!!

Como barulho fazem então!

De repente... Parei!

Me lembrei!

Lá onde um dia morei.

Tínhamos só a luz do dia

e na noite a escuridão!

Quando os cachorros latiam e

muito barulho faziam.

Se divertiam com eles o Geraldo

O guarda noturno do cão!

Sempre na madrugada

Ele brincava com os cachorros

E batia os pés no chão.

Geraldo quase não dormia

Com a sua diversão.

Por quê me lembro disso agora?

É que depois de muitos anos

Isso ficou em minha história

Ouço de novo o latido

Agora abro um sorriso

É o mesmo som tão meu conhecido!

Da minha terra sem luz

Só se ouvia na escuridão

O latido de cada cão.

Por isso digo...

Não é poeta só aquele faz rimas lidas.

Mas o que transporta nos versos

Os seus sentidos imersos

Sua história de toda uma vida.

FATIMA KALIL
Enviado por FATIMA KALIL em 12/07/2013
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