Esquecido.

Estou jogado em um poço escuro e vazio, sem degraus,

Para subir ou segurar, não tenho norte que me oriente,

Nem o sol a me aquecer,

Nem a luz da lua, para me encantar,

Minha voz ecoa muda pela vala, e pela mata percorre sem parar,

Ninguém ouve minha súplica, estou esquecido neste lugar,

Minhas lagrimas não derramam, não sei por que não consigo chorar,

Pois este lugar me machuca, e me causa medo só de pensar,

Mais um dia nesse fosso, no fundo da vala a lamentar,

Ouça meus gritos de socorro, quem injustamente me condenou,

Oh! Senhor incline seu ouvido, para este humilde pecador,

Coloque-me junto a seus filhos, mas não demore a chegar,

Transforme-me numa pena, e como a brisa me assopre para outro lugar,

Onde os meus algozes, não me alcancem,

E não tramem conspirações contra mim,

Pois é melhor morrer em minha juventude, do que viver assim,

Esquecido em um buraco, onde ninguém se lembra de mim.