a flor da covardia (seminale)seminalenko santosov ministro sexologo da corte de gorobixaba




Findaram, enfim longos tempos incertos de estio...
Esperava eu que a camélia vermelha, enfim se abrisse
Recurvados seus galhos dormentes nos meses de frio
Em verdes folhas, ansiava que alegre a vida ressurgisse

Contudo, o rubro botão fechado em si, meses permanecia
De uma angustia sentida, de minha alma, desejo puro
Decifrar a secreta razão daquela flor ou mera covardia?
Haveria de auscultar-lhe então o choro por triste futuro.

Rogava humilde pela dádiva de sua encantadora flor
No que em desalento murchava diante de mim e caia!
De minha esperança, qual leve pétala, flutuava meu amor
Levado a esmo pelo vento de uma duvida que não sabia.

Sobre ela gota d’orvalho ou lagrima de meus olhos rolou.
Era uma suplica final apelo de meu contido, angustiado peito.
Aquela misteriosa flor que de medo jamais assim desabrochou
Ah! Que a pobre, ante meu pranto carecia abrir de qualquer jeito!

Num esforço desumano a consumir da flor as parcas energias
Eis que afinal a rubra camélia abrindo deixou-me, ao amor colher
Retirei de seu galho tosco, com meu coração bater forte de alegria
E, com suave sussurro, feliz com a sorte, a planta começaria a morrer...




Obs. Há muito conhecia a fama de que a camélia era a “flor da covardia”, pois seus botões surgiam e cresciam contudo murchavam e ...caiam.
Hoje, porém tive a ventura de admirar a bela camélia vermelha que desabrochou ...


Corte de Gorobixaba
Enviado por Corte de Gorobixaba em 17/10/2011
Reeditado em 17/10/2011
Código do texto: T3282009
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