Vida ao Relento

Pressa que se faz depressa

A vida é

Presente, descontente

Surpresa que em balaio pesa

Embrulho, escondido, incontido

Sem ser sentido

Entre zumbidos e sonidos

Na manhã revolta

Da aclamação

De pássaros e cardins

Fantasias perdidas em jardins

Pastos breves,

Onde os suspiros são de barro

E as forças de algodão

Sementes permanentes

Levadas em aluvião

Vida que se faz depressa,

E nessa vida,

Mil sonhos se espalham

E apenas um regressa

Márcio Diniz
Enviado por Márcio Diniz em 30/12/2010
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