poema para a noite de número 9

um grito sozinho

enovela

outros gritos sozinhos e vela

que em gritos se gritam

sozinhos, novelos

de vozes

na noite o coral

de um só grito sozinho

enovela

outros gritos sozinhos

na noite

e se entoa

sozinho

no mundo a canção que enovela

um exército

e nasce

da flor e faz vida

a canção de um só grito

sozinho

na noite sozinho

um só grito

e a

oração

na noite entoando

sozinho um só grito

a união.

fiz eu versos com preces caídas

quando os anjos torciam-se em dor

e a matéria do canto banido

no livro escrevia

em sussurro orações.

mas das rimas colhidas da terra

dos campos do verde e da flor,

fiz eu música ao toque

dos dedos

arando a carícia

ne abraços de fé.

andré boniatti
Enviado por andré boniatti em 19/09/2006
Reeditado em 19/09/2006
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