CRIME NA SELVA

CRIME NA SELVA

Um galo e as galinhas
Ciscavam na floresta
No beiraninho do rio
De repente ele gritou
Que qui é... Íiiisso!
Que quié...isso?
Assassinaram o tiziu!

Quem é que foi.... Quem é que foi?

Ninguém sabe... Ninguém viu!
Respondeu o bem-te-vi

Foi o urutau!
Gritou o linguarudo pica-pau!

Logo veio a coruja
Defendendo o seu namorado
O urutau de goela suja
Por ela apaixonado!

Acusando ser coisa do tico-tico
Que foi chamado de chifrudo
Por criar filhotes de chopim
De melro ou de bicudo
Quem falou isso foi o papa capim
Que não largava do tiziu
Mas na verdade ninguém sabe
Ninguém viu!

Chegou logo com sua pose
Odelegado caburé
Mascando um palito
E repetindo sem Pará
Quero saber... Quero saber!
Quem é que é !


Com sua pose de doutor
Indagou o gavião
Se foi perto do rio
Pode ser bala perdida
Ou coisa do urubu caçador
Que vivi atirando atoa
Sem rumo sem direção!

Eo pobre do tiziu
Lá estava ele, estizicado
Mas ninguém sabe
Ninguém viu!
Quem pode ser oculpado

Chegou para autopsia
A doutora maritaca
Foi logo diagnosticando
Isso é pisada de cavalo
Ou então coice  de vaca!

De prancheta na mão
Veio de novo o delegado caburé
Afastando os curiosos
Com sua confirmção
Já estou sabendo o que qui é!

Ele morreu foi de pular
Falta um dedo em cada pé
Pode remover o corpo
E levá-lo para enterrar
Alguém puxou seu galho
E fezele despencar

Mas na verdade ninguém sabe
O que ocorreu com o pobre do tiziu
Que pulava todo dia
Assim cantarolando
Ti-ti-ziu ti-tiziu... Ti-tiziu
Ese repente sucumbiu

A selva ficou mais triste
Na fauna um grande vazio
Eo mistério ainda existe
Sobre a morte do tiziu
Com o bem-te-vi a repetir
Ninguém sabe... Ninguém viu!
Ninguem ...viu!




 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 20/10/2009
Reeditado em 19/06/2020
Código do texto: T1877185
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