O PEDREIRO DORMENTE

      (Poema maçônico)

 

Sou brasa dispersa

de brilho apagado

na cinza imersa

do canteiro afastado

larguei o malho

perdi o cinzel

sem as ferramentas

eu não soube desbastar

a minha pedra bruta.

O trabalho em grupo

de forma harmônica

é fundamental

para levantar templos à virtude.

Meus propósitos egoístas

afetaram meu trabalho

não me livrei da intolerância

não dominei minhas vontades

nem controlei minhas paixões

na marcha perdi o tino

sem régua, nível e prumo

esquadro, compasso e trolha

perdi de vez o meu rumo.

 

Autor: Benedito Morais de Carvalho (Benê)