Tremula a última

tremula a última

estrela da manhã

num cintilar cardíaco

de batidas sintáticas

o sol espalha gotas

pelo mar

despe a madrugada

de seus véus

ao ruflar de asas

um sorriso se abre

em auras cibernéticas

e pousa na janela

na ponta dos dedos

sinestesia da paixão

bebo-te num gole de palavras

ausculto tua imagem

leio teus lábios

toco-te pelas teclas

voláteis lembranças

dulcíssimas sensações

acompanham o dia

a espera de um novo pouso

na próxima alvorada

Heron Queiroz
Enviado por Heron Queiroz em 07/05/2024
Código do texto: T8058210
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