A carta

Sela a carta e envia ainda hoje, Pequena.

Eu te peço sem muita demora, gentil criança

Que a demora, acredite

Será demasiada nefasta

E a felicidade será cremada no terreno da desesperança.

Envia hoje, sem falta, Pequena.

Pois se a tempo chegar,

Dirá o nobre senhor,

Que o reino viverá

E a coroa não será sacrificada, nem os servos sofrerão a lança que vem do inimigo.

Sela a carta e envia aínda hoje, nobre senhora

Dos meus sonhos

E eu que só sigo o que me diz o coração

Não vou negar

Quisera que essa carta fosse a mim endereçada