Preservando a insanidade

Meu amor,

Minha autodefesa me alertou.

Em meu inconsciente,

Tenho a pretensão de existir,

Persistir no erro,

Pois o erro,

Me leva para distante daqui.

Não possuo a perfeição que desejas,

Nem tão pouco quero tê-la.

Um animal,

Avesso às regras,

Dispo-me de camuflagens,

Mesmo diante de batalhas,

De peito aberto à guerra.

Sou tão inconstante,

Que vezes tenho que mergulhar,

Neste mar de ilusão.

Ali,

A mente relaxa,

Impulsos,

Pulsões,

Tomam conta de mim,

É como uma imersão para eternidade,

Sinto o agora,

Não esperando o fim.

Perdoe-me,

Pois sou o retrato do que escrevo,

Vezes duro,

Ácido,

Azedo.

Sou intolerante a genialidade daqueles que só tem apenas uma coisa a dizer,

Não me limito as palavras que quer ouvir,

Pois,

Se pensar apenas em você,

Esquecerei de mim.

Palavras são como necessidades fisiológicas,

Delas me alimento,

E não queira instruir meu paladar,

Pois o fel que me sacia,

Não contrasta ao mel,

Que te aprisiona.

Meus vícios são singulares e pontuais,

Não misturo cigarro ao sexo,

Apenas antes e depois,

O álcool liberta o riso,

Desativo minha sanidade colérica,

O nú,

É meu lado reativo a sobriedade,

Assim,

Caminho de um,

A outro hemisfério.

Mesmo preso,

E agarrado a valores,

Busco o ar de liberdade.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 15/04/2024
Reeditado em 15/04/2024
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