Tão só poesia

Veja bem se não é a poesia uma ciranda

Onde dançam faceiras as meias palavras

E as palavras inteiras

Aos olhos de quem lê, música

Rima perfeita

Bailante, encima às linhas

Fascinante

Rumas de palavras, ornas ou desafeitas

Devaneador encontro, íntimo este

De mentes inquietas e mãos arteiras

Do sobejado sentir dante os papéis

Testemunhantes silenciosos

Da rendição dum homem qualquer

A transbordar com paixão

Nas metáforas explicitas

Implícita, a sua razão

Decerto é também, a poesia

Dentre arranjos líricos, às vezes, desarranjo

Espasmos de loucura,

Amor, exagero

Devoção e doçura

Do criador, esmero

Enleado de percepções intimistas

O mais profundo sentir

Dentre os sentidos já sabidos

Um constante revirar-se ao avesso

Na ânsia de um verso

O que é a poesia, senão um singular universo?

Acarla
Enviado por Acarla em 26/02/2024
Reeditado em 26/02/2024
Código do texto: T8007653
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