Mundus est Poetica

Versos no anverso do meu ser abstrato e não linear;

Campo dos meus amplexos mais que simétricos;

Grafos das minhas redes e circuitos neurais perplexos

No contexto dos meus mais caóticos determinismos:

O "absurdo" do sistema formal da "inconsistência",

Posto isto, sinto a ciência de cada plexo que amargou,

Na penumbra gélida de uma noite solitária.

E eu ouvi o pós-modernismo português,

E depois, a Semana de 22 cristalizou-se no saber do nada

Ou na grandeza das coisas pequenas e inúteis.

Assim como a poesia o é, sou com ela um

E os instrumentos destes versos são o absurdo e a lógica,

O nada e o tudo, o ser e o não-ser, a verdade e a mentira,

A tese e a antítese, o eu e o não-eu, em síntese, o mundo.

Darach
Enviado por Darach em 22/02/2024
Código do texto: T8004607
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