Lembrança de cores

Os gestos são poeira que desaparece.

O nó, ainda seco, molha uma esfera no meu peito.

Pensei nas partes de mim inacabadas, os dois outros que se afogaram no útero, sem lembrança de cores.

O meu hoje que é fraco coração dobrável.

O céu que morreu no pássaro que vi uma vez, asa quebrada, mal voante.

No amor imprevisto

Pensei na poesia que escrevi

e você nunca vai ler