a coisa quando na face se entranha

O rosto, noite em sua teia entrelaçada,

Entre faces, a conformação se delineia.

Saciedade, no peito amparado, acomodada,

Bravura, em passagens de um causo que vagueia.

Angústia, estrada bloqueada, desvanece,

Anseio por dias quentes, lúbricas tardes,

Horas que o retrato amado reverbera,

Sacralizado, o rosto, manhã gloriosa alardeia.

Primeiro beijo e queda, vergonha que perdura,

Guardiã de segredos, o rosto se murmura.

Calabouço na selva profunda, sabemos,

No quadro que adentramos, a coisa, no rosto, reverbera.

Penumbra na fala, nos olhos, se derrama,

A coisa liberta, no corpo se inflama.

Para que os outros saibam, vai à fala, vai aos olhos,

Vida enervada, sombra menos densa, paragens mais belas.