pela cumeeira

Rasga-me cada palavra tua,

E te digo, teu sono não ecoa

Diante do primitivo desejo ancorado,

Berra semente petrificada de uma

Estrela que fenecesse, a luz quando chega

Já não é partida, é assim que tu

Despejas tua florescência régia pela

Estrada de pedregulho, todos saltam

Para evitar tocar tua sombra, pois dela,

Sabe da agonia que, em algum tempo,

Os engoliu, então tu ladra, tu

Empurra o tempo com sua feição pelas

Púrpuras esmeraldas já extraviadas, e tu

Sonha, e tu choras no sonho do outro, e

E teu imenso jardim se enfurece em fogo,

Já não a entendo, apenas meço com

A tristeza mais dolorida tua engrenagem

De sofrimento. E eu sou um forno a te consumir

Eu sou a lenha e de fazer carvão, pois quando

Fores cinza, o teu sorriso já escorreu pela comeeira.