OCO

OCO

Debaixo de um cinza

Que pouco ilumina

Num oco que toma conta

Dos lados da cabeça

Nada que lembre ou esqueça

Tempos de outrora

Nestes tempos de agora

Onde estranho no ninho

Sinto-me qual num moinho

Prensado e moído

E m’ó caminho do pó

Celeremente e num ausente

Esperançar doente

No derredor artifícios

De um non sense

Dito inteligente

Nada penso

Atordoado pelo tempo

Que nada mais me diz

In verbis

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 26/10/2023
Código do texto: T7917258
Classificação de conteúdo: seguro