Pulsões de vida

Em ascensão, nasce uma mágoa fútil.

Torna eco, corre até a garganta, às pressas.

Feito criança: sente em desmedida;

Feito quem quer falar sem saber como.

E grita.

Por isso escrevo assim: desesperada,

Bradando aos ventos grafadas blasfêmias.

Vêem-me nas ruas, os homens, calada,

E ponho-me do avesso em poesia.

E choro.