Hoje É Dia de Ironia no Meu Coração

Quando tenho um maldito despertar matinal,

Fabrico um riso forçado, assumo um propósito,

Para enfrentar o dia que posso ter um tédio colossal.

Mas não sem cuspir veneno, soltar escarro

Sobre o circo que aplaudimos sem medida,

Onde os tolos de nariz vermelho tentam se amar,

Mas no final, terminam a rixa garantida,

Num picadeiro de brigas a se perpetuar.

Nesse espetáculo teatral, cínico,

Na palhaçada cultuada, profissionalizada,

A ironia se junta à dança dos tolos,

Um sorriso sarcástico, um gesto analítico

Para incomodar seres preguiçosos e superficiais.

E enquanto o tempo me deforma,

Destroçado pela saúde que se esvai,

Enquanto ouço os sábios das falácias,

Convivendo com as prostitutas do sistema,

Minha personalidade emerge como um enredo machadiano:

Lanço um olhar cético ao redor,

Um mal estar latente em relação ao mundo,

Uma ironia muito ácida,

Que muitas vezes nao consigo controlar.

Pessimismo enraizado, sem freio, sem lei.

Aí o leitor questiona: por que escreve sobre isso?

A quem descobrir, ao vencedor da questão, apodrecidas batatas!

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 30/08/2023
Reeditado em 30/08/2023
Código do texto: T7873953
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