O amor nos tempos do Brasil Colonial

Num tempo ido, em terra virgem e nova,

O amor nasceu, qual semente a germinar,

Sob o olhar tímido da lua prateada,

Que espiava em silêncio o apaixonar.

No solo selvagem, o coração desabrocha,

Desbravando o ímpeto das almas em busca,

Das entranhas da natureza, afloram afetos,

Em tramas de amores que a floresta cruza.

Apaixonados vagam por matas sombrias,

Trilhando veredas que o destino escolheu,

Em meio a serenatas de pássaros em coro,

Cantam suas preces aos céus que acolheu.

No embalo das águas doces dos rios correntes,

Refletem-se olhares de ardentes desejos,

Nas margens perfumadas de flores silvestres,

Unem-se corpos em abraços serenos.

Ao brilho do Sol, a paixão se revela,

Ecos de suspiros preenchem o ar,

Enquanto a brisa morna acaricia os rostos,

Os corações entrelaçados a palpitar.

E nessa terra virgem, no raiar da aurora,

O amor se entrelaça à história do além,

Um legado de afeto, que perdura agora,

E ecoa nos cantos do tempo, também.

Assim, no Quinhentismo do nosso passado,

O amor brotou como uma chama a arder,

E até hoje em nossos corações guardado,

Em versos e prosas, seu legado há de viver.

Estêvão Zizzi
Enviado por Estêvão Zizzi em 06/08/2023
Código do texto: T7854965
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