ARES
ARES
Ares frios de manhã
Enevoam o acordar
Sol que não aquece
Preguiça que arrefece
A vontade do levantar
Até que aparece
O café que ressuscita
Esquentando o corpo
Que orbita
Os fechados do lugar
Não quer ir lá fora
Mas não tem jeito
Mesmo contrafeito
A cara tem que mostrar
A obrigação clama
Alguém sempre chama
E mesmo sem chama
Começa a esquentar
O dia que se inicia
É hora de trabalhar
Fazer o que
Tem que haver pique
E repique
Para sobreviver
Nestes arrepios
De pele sem o ardor
Do amar