Lapso
Eu me encontro nesse estado
Onde já não tenho mais historia
Todas as lembranças são borrões
Imagens apagadas, manchadas de cinzas
E agora, todas as laminas parecem confortáveis
Ao dilacerar o meu cérebro
Sobram visões de correria
De um trem deixando a estação sem eu pega-lo
É o vazio que preenche
A ausência
E assim corro para casa
Eu me observo, mas sou injusto
Você me observa,
Pousa seus olhos em mim, mas não enxerga
E assim sigo
Pagando o custo de estar vivo
E eu só queria fazer você se importar