Ganges blasé

Não é hora.

E quando hora for,

Dor? Flor?

Beijos de ainda

Em pedintes lábios.

Não é hora

Sua vontade ignora

O que quero

Mas e amanhã?

Incógnita inevitável.

E assim que puder,

O que hoje se quer

Talvez seja apenas pó.

E assim que puder,

Quando lhe convier,

Talvez prefira ficar só.

Não agora

Impaciente de amor

Logo torpor

Fora da agenda,

Desde já mais sábio.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 26/06/2023
Código do texto: T7822874
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