Ganges blasé
Não é hora.
E quando hora for,
Dor? Flor?
Beijos de ainda
Em pedintes lábios.
Não é hora
Sua vontade ignora
O que quero
Mas e amanhã?
Incógnita inevitável.
E assim que puder,
O que hoje se quer
Talvez seja apenas pó.
E assim que puder,
Quando lhe convier,
Talvez prefira ficar só.
Não agora
Impaciente de amor
Logo torpor
Fora da agenda,
Desde já mais sábio.