Um cálculo

Na solidão da noite, a dor se faz presente,

Um cálculo renal, um incômodo constante.

No peito aperta, o corpo se curva,

E a angústia invade, cada fibra que se turva.

É uma dor aguda, cortante e profunda,

Que me consome, como uma ferida fecunda.

Em meio às lágrimas que brotam sem cessar,

Busco forças para suportar, para respirar.

O tempo parece lento, eterno em seu caminhar,

Enquanto a dor persiste, sem trégua, a me atormentar.

Sinto-me frágil, vulnerável e desamparado,

Nessa batalha íntima, onde o corpo é castigado.

Mas mesmo na escuridão desse tormento,

Há uma chama acesa, um alento.

A esperança que se renova a cada dia,

Que me fortalece e me guia.

Pois sei que essa dor, por mais intensa que seja,

Não é eterna, nem será minha peleja.

Enfrentarei cada momento com coragem e perseverança,

E um dia, enfim, alcançarei a bonança.

E quando a dor se dissipar, eu sei,

Apreciarei cada instante com um novo olhar.

A vida, tão bela e preciosa, se revelará,

E a gratidão no peito, enfim, florescerá.

Então, hoje enfrento a dor, mas não me entrego,

Pois sei que sou mais forte do que meu apego.

E, com fé no coração, seguirei adiante,

Com a certeza de que a cura virá radiante

PauloPereira
Enviado por PauloPereira em 15/06/2023
Código do texto: T7814550
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