A escuridão abraça e hipnotiza
Um cenário se compõe sob os pés,
Há em tudo uma tristeza genuína,
Que ofusca sombra de uma presença.
Ah! essa ânsia por coisas proibidas,
E sentimentos esquecidos sob o chão.
E na morbidez do escuro,
Flutuando em silenciosas lacunas entre
imaginação e realidade...
entre música, batimentos cardíacos e respiração.
uma fome súbita e enlouquecedora
de quem se alimente matando desejos.
A abstinência que inebria e projeta
a sombra
que se curva diante da boca de minha
mente,
devorando a luz que desperta,
antes que ela possa brilhar
tomando lacunas com lucidez de tua carne.
e sons de harpas e flautas hipnotizam
olhos castanhos em vermelhos,
que refletem o vinho exposto ao chão
inundando um corpo jaz, sem luta.
afogado no riso contido de travessuras
ecoando gotas de um corpo trêmulo
alegria alcoólica, de quem bebe desejos.
Essa solitude maliciosa do silêncio
que perturba,
exalando perfume de vinho, o corpo, suor
e um possível gozo,
desses, doidivano que faz do chão
a própria taça,
e dança língua, o sugar em nojo, da ânsia
exagerada pelo teu gosto!
Olhos vermelhos que reflete
a imagem do cio,
o perfume floresce da respiração sem harmonia,
do som de espasmos consequência da umidade
entre os dedos,
queimando como metal quente nos lábio
sujo de chão,
de quem enlouquece de desejos.
Mão macias de um toque aveludado que acaricia,
domina e sangra!
abafando ruídos sutis de pele com pele
que apanha,
terminações nervosas se espalham
em prazerosa dormência.
o ardor do inferno provado pelo calor
que gira e pára o tempo!
A luz quebra a escuridão de atos
ensandecidos,
normalidade da cenas pintadas em
transe
O rosto obscurecido de um gozo
sofrido
Originalizado sob a lama do intimo sórdido.
ah o amor!
desses de sonhos pulsantes
que habitam terras de ninguém
e aterrorizam, sorrisos angelicais
de doces olhos amendoado!