O poeta é semeador

Como as ostras, que produzem as pérolas, quando estão feridas

Assim é o poeta que escreve seus versos na decepção.

Tira da alma tantas maravilhas por ela escondidas

Pois as raridades, vem de alguma dor que aperta o coração.

Quando a tristeza bate no poeta a mente esvazia

Igual a tapera que não tem mais dono para lhe cuidar

Some a inspiração, amarguras e penas trazem agonia

E as marcas do medo que aflige o poeta de não mais poetar.

E no desespero de ter de encontrar as palavras certas

Prossegue o vate na busca incessante da inspiração

Buscando na mente, no subconsciente, a rima dileta

Lhe brotam sementes que afloram mostrando só desilusão

Pode usar alguém que nos golpes sentidos foi largado a esmo

Pode usar a vida, retratar verdade ou usar fantasia

Pode usar agruras, laçaços sentidos até por si mesmo

Mas segue seu dom de seguir em frente semeando poesias.