Curvas da Poesia
Cada vez que vergo o corpo,
Sinto o quente das tuas mãos,
Submissa dos desejos,
Deixo-te guiar-me feito égua,
Não tenhas piedade,
Monta-me sem trégua,
Dá-me esse gozo quente,
Puxa-me até arrancar o couro,
E afunda-te no meu mundo
Cometa o pecado da carne,
Arrepio-me toda em gemidos,
Perco a fala, os sentidos,
A boca pede água,
Mas, água não mata a sede,
Então dá-me de beber as letras desse falo,
Antes do silêncio, eu me calo,
Vá tão forte,
No meu sul e norte,
Anjo tentador,
Poesia-me com amor,
Tesão desmedida,
Coma essa bandida (...)
(M&M)